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O autor

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             Adaury Salles Farias, filho da Professora Deusolina Salles Farias*, patronesse da cadeira nº 07 da Academia Amapaense de Letras-AAL e Amaury Guimarães Farias**, primeiro ocupante da cadeira nº 07 da AAL, macapaense nascido entre bombas, rojões e foguetões lançados por adversários políticos de seus pais contra a parede de sua casa, em época de campanha política do ano de 1958, com claro intuito incendiário, o que contribuiu para o seu nascimento de forma prematura, acontecido na madrugada de um grande dia de setembro daquele ano, dentro de sua própria casa.  

           Pai de dois filhos: o primeiro, Rodrigo, guerreiro vencido pela vida aos 31 anos, do ano de 2017, deixando uma semente para florescer três meses depois de sua partida, Elise, a pérola com íris avelã, e o segundo, Renato, outro guerreiro vencendo todas as batalhas rumo ao futuro.

            Arquiteto de profissão, autor de projetos arquitetônicos como: Fórum de Santana, Tribunal Regional Eleitoral do Amapá; Cartório Eleitoral de Macapá (Casa da Cidadania), Cartórios Eleitorais de Tartarugalzinho e Calçoene; Terminais Rodoviários de Macapá, Laranjal do Jari e Tartarugalzinho; projeto de Adaptação e Reforma do Prédio do Tribunal de Justiça do Amapá; Auditório, prédio administrativo, quadra de esporte e blocos de salas de aula do SENAC e ampliação e reforma dos prédios existentes também do SENAC-Macapá; Nova Catedral de São José de Macapá, com participação do engenheiro italiano Ernesto Rafin, entre outros projetos arquitetônicos.

           Artista visual com obras em óleo sobre tela e esculturas em bronze; escritor, autor do livro de poesias “Subjugados – Poesias Recitadas” uma coletânea de poemas que podem ser ouvidos, quando escaneados por leitores de QRCode, tornando-o acessível aos deficientes visuais por conter descrição em áudio de todas as páginas do livro, assim como o áudio de todas as poesias recitadas pelos diversos intérpretes que colaboraram para a realização dessa obra inclusiva.

          adauryfarias, arquiteo e escritor foi eleito como membro vitalício para a Academia Amapaense de Letras - AAL, em 27 de outubro de 2022 para ocupar a Cadeira nº 2, cujo Patrono é o Dr. Raimundo Álvares da Costa***.  

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*Deusolina Salles Farias

DEUSOLINA SALLES FARIAS, nasceu em Belém do Pará, no dia 29 de outubro de 1921. Filha de Carlindo de Souza Salles e Maria Trindade Marques de Souza Salles. Estudou o curso primário no Grupo Escolar Benjamim Constant, em Belém do Pará, concluindo a 5ª série com dis¬tinção. Entrou para Escola Normal do Pará se formando professora em 1941. Foi escolhida a oradora da sua turma, por unanimidade de seus colegas. Recusou a indicação do Secretário de Educação do Estado do Pará, professor Renato Franco, para trabalhar no interior do estado. Dois anos depois de sua formação, quando Henry Ford assentava no Tapa¬jós o projeto de plantação de seringueiras, foi convidada a trabalhar em Belterra, uma das comunidades do complexo Ford, onde ficou por dois anos, Em 1945, quando o governo do Território Federal do Amapá ha¬via se instalado e se recrutava pessoal para seus quadros funcionais, se apresentou ao representante do Amapá no Estado do Pará, Sr. Benedito Amorim, que durante as entrevistas descrevia o Ama¬pá em condições precaríssimas, para que os candidatos ao aceitarem a proposta para viajar para o Território do Amapá, não tivessem o impacto das reais condições que encontrariam aqui. Decidida a enfrentar novos desafios, aceitou a proposta e se deslocou à cidade do Amapá como professora primária para lecionar no Grupo Escolar Veiga Cabral, que funcionava em um prédio de duas salas, juntamente com as professoras Cecília Pinto de Azevedo Costa, Vanda Lima Costa e mais tarde com o professor de Educação física Al¬fredo de Oliveira. Em 1946 voltou ao município de Amapá como diretora do Grupo Escolar Veiga Cabral, agora reformado e ampliado com mais salas e com mais dois professores, Maria Mercedes e Maria do Céu. Em julho de 1946, no curso de férias, pelas ótimas médias alcança¬das, ganhou uma bolsa de estudo para a Escola Nacional de Educação Física, no Rio de Janeiro. Ao realizar as provas físicas não passou em natação, não sabia nadar, e, durante o teste de salto em altura, sofreu uma distensão muscular que lhe im¬pedia da realização as demais provas. Em seguida, graças ao interesse pela educação, conseguiu uma vaga no Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos pa¬ra fazer o curso de Orientadora Educacional, onde concluiu com êxito e distinção. Voltou a Macapá e, seu primeiro trabalho, foi atualizar juntamente com a professora Predicanda Amorim, Maria Lúcia e outras o currículo primá¬rio padronizado para todas as escolas do extinto Território do Amapá. Em 1947, na Faculdade Nacional de Agricultura Wenceslau Belo, no Rio de Janeiro, fez os cursos Horticultura e Economia Rural, recebendo os diplomas com merecida distinção. Em 1950, começou a se identificar com a política, sendo a maior líder dos professores durante sua jornada como mestra. Em 1950, casou com Amaury Guimarães Farias. Desse casamento nasceram cinco filhos homens: Amaury, Eury, Adaury, Leury e Kleury Salles Farias e duas mulheres Deury e Gleury Salles Farias. Foi chefe da seção do Ensino Primário e Pré-Primário, quan¬do passou a ter uma grande liderança sobre os professores dos quais era defensora incorrigível. Em face do sistema do governo, achou que uma associa¬ção poderia unir os professores e, através dela, ter mais campo para suas reinvindicações. Em 2 de fevereiro de 1952, concretizou seu ideal, fundando a Associação dos Professores Primário do Amapá junto com a professora Annie Viana da Costa, Vanda Lima Costa, Lima Neto e tantos outros, cujo pensamen¬to se completava para o sucesso do evento. Mais tarde, passou a ser Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Estado do Amapá – SINSEPEAP. Conseguiu com o deputado Coaracy Nunes, verba para a constru¬ção de um conjunto para os professores, situado na quadra compreendida en¬tre as Av. Raimundo Álvares da Costa e Ernestino Borges e Rua Tiradentes e General Rondon. Na área foram construídas a Sede da Associação dos Professores Primários do Amapá –APPA, um prédio onde seria um cineteatro para eventos culturais dos professores, que por alguns anos funcionou como cinema com uma máquina doada pelo governador Raul Monteiro Valdez. Posteriormente o governador Terêncio Furtado de Mendonça Porto, em represália a diversos atos da associação dos professores, doou os terrenos para diversas entidades, como Banco do Brasil, Loja Maçônica Acácia do Norte e confiscou as máquinas de cinema. Como Presidente da APPA, participou de todos os Congressos Nacionais para Professores Primários do Brasil, sendo mem¬bro de várias diretorias da Confederação Brasileira de Professores. Foi professora de metodologia e orientação de ensino de vá¬rios cursos de férias. Em 1954, quando Juscelino Kubitschek de Oliveira lançou sua campanha para presidente, no Amapá, foi convidada pelo Deputado Coaracy Nunes para representar os professores e as mulheres amapaenses. Nessa ocasião, na Praça Barão do Rio Branco, falou ao futuro Presidente do Brasil: "Vá, Presidente, chegue lá, a vitória é sua, mas tenha cuidado, no seu caminho Vossa Excelência vai encontrar muitas flores, muitos cardos e, também muitas feras acuadas". Em 1958, após a morte trágica do Deputado Coaracy Nunes, do qual era uma defensora ardorosa, saiu do PSD e acompanhou seu marido Amau¬ry Farias, no PTB. Ingressou na campanha do corpo a corpo, dava seu recado aos amigos para que não despertassem o ódio da di¬tadura implacável do sistema territorial. No dia 27 de setembro de 1958, em virtude de seu estado de gravidez de seu quarto filho, não pôde comparecer ao comício com seu ma¬rido, e quando aguardava em sua casa, uma passeata do PSD passou em frente de sua residência jogando contra as paredes, bombas, rojões e foguetões causando pânico e o aceleramento do parto de forma prematura, o quarto filho Adaury, acontecido na madrugada do dia 28, dentro de sua própria casa. Em 1962 foi convidada e passou a ser membro da CMOP - Orga¬nização Mundial de Professores. No Congresso realizado em Goiânia-GO, em 1963 conseguiu convencer os participantes que o 6º Congresso Nacional de Professores primário deveria ser na margem norte do Amazonas, na cidade de Macapá, que se daria entre os dias 6 a 13 de janeiro de 1964, porém o governador do Amapá, contrário à política partidária do PTB, não deu condições para a realização, ficando então a APPA impedida de promover o evento. Num esforço inaudito, viajou para Belém e trabalhou junto ao governador do Pará, Aurélio do Carmo que, imediatamente, ante a exposição apresentada pela professora Deusolina acei¬tou o encargo e proporcionou a APP todos os meios possíveis para o sucesso do Congresso. Empresas particulares não faltaram para doar frios, refrige¬rantes e até passeios sem que os participantes pagassem um só centavo. Quando do encerramento do VI Congresso Nacional de Professores, no auditório da Faculdade de Medicina do Pará, ao término de seu discurso elegendo o Amapá sua terra do coração, enaltecendo com orgulho a beleza de seus lagos, da fauna e da flora como se amapaense fosse, os professores de todo o Brasil, de pé, ovacionaram-na. Aquela mestra que não tinha hora, lugar e nem espaço, que dava tudo de si para a educação, ao professor e a esta terra que escolheu para viver. Em 1965, fez o curso de CADES, em dois períodos, para a cadeira de português. Como professora chegou até seus últimos dias de efetivo trabalho, dando ao Amapá e a sua gente os melhores anos de sua vida. Em 1965, conhecendo as dificuldades do professor primário do Amapá, pois sua grande maioria era leigo, fundou o IDEA, Instituto de Direção Educacional do Amapá cujo objetivo principal era o de atualizar e formar professo¬res primários que, de algum modo, tinham realizado séries do curso ginasial ou equivalente. O Instituto foi reconhecido pela Seccional do MEC - Ministério da Educação e Cultura do Pará, porém o Padre Jairo Coutinho de Moura, diretor da Divisão de Educação, pressio¬nou o governador a solicitar o fechamento do Instituto que competia, aquela altura, com o IETA, Instituto de Educação do Território do Amapá. Em 1970, o governador Ivanhoé Gonsalves Martins, depois de ouvir um discurso da professora Deusolina Salles Farias, numa solenidade educacional, convidou-a para ser a oradora oficial de Fogo Sagrado da Pá¬tria, que percorreu o Brasil durante os anos de 70 e 71. Ao término dos seus discursos o representante da 8ª Região Militar do Pará os pegou e disse que a partir daquele momento passariam a fazer parte da memória da Pátria. Em 1972, militante da ARENA, foi convidada para ser candidata a vereadora, porém sua campanha ficou resumida apenas ao horário do rá¬dio. Amigos que acreditavam na força de sua proposta ofereciam carona para que fizesse a divulgação de suas propostas de casa em casa de outros amigos. Muito esforço e acreditando em mudanças, a campanha com propostas sérias e sem ataques aos adversários, foi eleita com larga margem de votos. Fato inédito para a época, seu nome apareceu em todas as seções eleitorais, pois havia sempre, em qualquer lugar, um ex-aluno da mestra ou um professor votando. Acometida de grave câncer no estomago foi operada pela primeira vez em 31 de janeiro de 1973, antes da campanha para vereadora. Após o pleito de novembro de 1973, foi novamente internada no hospital Belém pela segunda vez na tentativa de reverter a grave enfermidade, porém não quis o destino que essa modesta e humilde mulher, rica de sonhos e sentimento para com o próximo assumisse o mandato de vereadora que o povo lhe havia concedido. Em 1º de dezembro de 1973, na Alameda Pimenta Magalhães, em Belém do Pará, morre. Sendo sepultada no Cemitério de Santa Isabel. Mulher séria, decidida, inteligente acima de tudo, amiga, a professora Deusolina deu a esta terra um exemplo de vida e dignidade. Sua força espiritual, sua maneira delicada de tratar, a firme liderança que possuía a fizeram, mesmo na cama de um hospital aguilhoada pelas dores de sua enfermidade, continuar seus trabalhos e médicos, enfermeiras e até serventes de outras alas do hospital iam visitá-la todos os dias para fruir e absolver o processo de humildade e de resignação transmitido por essa mulher que viveu sua vida para sua família, para os professores, para a sociedade, para o Brasil, principalmente para o Amapá, que perdeu com sua morte uma de suas mais queridas filhas, uma educadora autêntica, uma líder nata, uma lutadora leal e uma amiga fiel. Uma mulher que dedicou sua vida à criação dos filhos e da realização dos seus sonhos ensinando, lutando pela igualdade social e pelo respeito aos direitos individuais e pela liberdade de pensamento.

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**Amaury Guimarães Farias

AMAURY GUIMARÃES FARIAS, nasceu na fazenda Santa Maria da Prainha, localizada na foz do rio Amapá, município de Amapá, no dia 2 de fevereiro 1927, filho do capitão João Farias Filho, e Maria Guimarães Farias. Após cursar o primário na fazenda onde nasceu, viajou para Belém do Pará para cursar o ginasial nos colégios Progresso e Nossa Senhora do Carmo, somente após ter se casado e depois de sete filhos, concluiu o 2º grau no colégio Amapaense, em Macapá. Durante o curso, no colégio do Carmo, foi Presidente do Grêmio Dom Romualdo Coelho. Junto com outros colegas de turma fundou a União dos Estudantes Secundários do Pará, Após a conclusão do ginasial em Belém do Pará, voltou à fazenda onde morava e passou a tomar conta para seus irmãos dos bens que lhes foram deixados por morte de seus pais. Ainda nessa época, na cidade de Amapá, trabalhou como escrevente juramentado no Cartório Waldemar Balieiro. Foi nesse tempo que conheceu a professora primária Deusolina de Souza Salles, com quem se casou e tiveram sete filhos Amaury, Eury, Deury, Adaury, Leury, Gleury e Kleury. Ingressou no Quadro de Funcionários do Governo do Amapá, em 1º de março de 1949, admitido na função de desenhista da Divisão de Obras. Meses depois, foi designado para fiscalizar e receber as obras construídas no interior do território do Amapá, entre elas as escolas de Aruãs, na ,margem do rio Amazonas; Boa Esperança na foz do rio Cajari; Ajurixi, no rio Ajurixi; as escolas da foz dos rios Macacoari e Pedreira. Em outubro de 1949, foi designado para administrar as obras do Porto de Santana, em Macapá. Em 1953, foi designado para servir no navio hidrográfico “Rio Branco, comandado pelo capitão Maximiliano da Fonseca (posteriormente Ministro da Marinha), a fim de acompanhar a sondagem acústica para a confecção da carta do canal Norte do Rio Amazonas, passagem da linha do Equador e o Marco Zero (latitude 00º-0000”). Ainda em 1953 foi designado para acompanhar os serviços de prospecção da futura usina hidrelétrica de “Paredão”. Nesse mesmo ano, ganhou uma bolsa de estudos através de concurso, da Fundação Getúlio Vargas, especializando-se em Administração de Pessoal e Material. Ao regressar à Macapá, passou a fazer parte da Assessoria Técnica do Gabinete do Governador e junto com a equipe de assessores organizaram o Relatório Decenal do Território e fizeram a pesquisa sócio-econômico geográfica para assentamento de japoneses na colônia agrícola do Matapi. Em 1954, ingressou na loja Maçônica Duque de Caxias, pertencente a Grande Loja do Pará tendo exercido os cargos, Secretário e Venerável Mestre. Foi fundador das lojas maçônicas Francisco Torquato de Araújo, município de Mazagão e Cavaleiros de Setentrião no município de Macapá, onde foi Venerável Mestre, ocasião em as os veneráveis Mestres das demais lojas fundaram a Grande Loja Maçônica do Amapá, onde exerceu a função de 2º Grande Vigilante. Foi condecorado com a esfinge Cândido Marinho da Rocha pelos 25 anos da Fundação da Grande Loja do Pará. No ano de 1956, foi designado para administrar as obras da Hidrelétrica do paredão, quando foram construídos os escritórios e os primeiros alojamentos para operários, barragens de terra, rodovia de acesso e desmatamento da área de serviço. No início do ano de 1958, voltou para assessoria técnica do governo, tendo, nesse período fundado revista “Rumo” com o jornalista Ivo Torres, publicando nove números e, posteriormente, com o professor Moura, a revista “Hiléia” que teve um curto tempo de circulação. Ainda em 1958, entrou na política, participou da chapa única do PTB como suplente de Deputado Federal, encabeçada por Dalton Lima e, junto com Armando Lima Laranjeira, Raimundo Rodrigues Alves, José Monteiro, Josias Hagem Cardoso, Joca Furtado, Benedito Uchôa e Elfredo Távora, realizaram uma memorável campanha. Perderam a eleição, mas o Governo do Amapá conheceu a existência de uma oposição composta de determinados. Após a derrota, junto com Elfredo Távora e outros fundaram o jornal “Folha do Povo” onde denunciava, criticava e publicava suas criações poéticas e seus projetos. Amaury colaborou em vários jornais e revistas, publicando poesias, crônicas e lendas. Por motivos políticos, afastou-se do governo, voltando somente quando o Dr. Raul Montero Valdez assumiu o governo e efetivado no cargo de assistente de administração pelo Governador José Francisco de Moura Cavalcante. Durante a gestão desse Governador foi Secretário Geral da Prefeitura de Macapá e, quando o prefeito Ronaldo Souto Maior foi demitido, assumiu como prefeito de Macapá durante um mês. Em 1964 foi nomeado Superintendente dos Serviços Industriais pelo Governador Luiz Mendes da Silva e posteriormente Diretor da Seção de Estradas e Rodagem - SER, hoje SETRAP, onde administrou a execução de obras importantes, destacando-se a recuperação do trecho da BR-156 entre Ferreira Gomes/Amapá e Amapá/Calçoene, revestindo 90% desses trechos; Foi um dos primeiros a percorrer toda a extensão da estrada Macapá/Oiapoque, em 1970; participou da abertura da estrada Macapá/Mazagão e do subtrecho para Mazagão/Mazagão Velho; participou da recuperação desses trechos nos anos de 1975/76; foi o responsável fiscal pelo Fundo Rodoviário Municipal, acompanhando os trabalhos da construção da rodovias Macapá/Cutias/Itaubal/Santa Maria do Livramento; participou do novo projeto da BR-156, saindo da rota Calçoene/Lourenço/Oiapoque para pegar a rota Calçoene/Flaman/Carnot/Cunani/Cassiporé/Uaçá/Oiapoque. Em 1974, com Maria dos Ramos teve um filho, Lerimar Ramos Farias. Amaury casou-se novamente, no ano de 1976, com Margarete de Almeida com quem teve os filhos Mauriney, Marcela (falecida), Eliazar, Elianey e Élida. Em 1984 foi nomeado subchefe do gabinete civil, tendo exercido por um mês a chefia do Gabinete Civil do Governador Jorge Nova da Costa. Em 1987, fora do governo e aposentado, através da sua empresa AGF-Construção e Empreendimentos Ltda. reconstruiu a rodovia Lago Novo/ Terra Firme com 59 km de extensão, e iniciou a implantação do ramal de Duas Bocas com 29 km. Em 1981 filiou-se ao PMDB; em 1989 candidatou-se para a vaga de Senador na mesma época em que José Sarney foi eleito senador pelo Amapá. Em 1992 candidatou-se a vereador, mas não teve sucesso em virtude de problemas de saúde devido a uma operação de diverticulite e uma internação por enfarto do miocárdio. É jornalista profissional, credenciado para o jornal Amapá, Folha do Povo e outros; Lecionou matemática e desenho na Escola Industrial (Antigo Ginásio de Macapá) e hoje Escola Estadual Antônio Pontes, assim como nas Escolas Estaduais Azevedo Costa e Alexandre Vaz Tavares no município de Macapá e André Vidal Negreiros no município de Amapá. Em 2004 lançou seu primeiro livro, Ecos & Logias Amapaenses. Em 2006 lançou o segundo livro. Meus Momentos Políticos Foi fundador da Academia amapaense de letras ocupante da cadeira número 7, cuja patrona é Deusolina Salles Farias. Faleceu em 11 de julho de 2007. Em 10 de dezembro de 2.025, através de Decreto da Assembleia Legislativa, a Rodovia Estadual AP-010 que liga o município de Macapá ao Município de Mazagão, passou a ser chamada Rodovia Amaury Guimarães Farias em sua homenagem pelos brilhantes serviços prestados ao Estado do Amapá na construção de abertura de várias estradas dentro do Estado. Seus Livros encontram-se disponíveis no site da amazon.com.br

***Raimundo Álvares da Costa

RAIMUNDO MELCHIADES ÁLVARES DA COSTA, segundo registros históricos regionais, foi um importante jurista, jornalista, escritor e líder intelectual ligado ao início da formação da sociedade em Macapá no fim do século XIX e início do XX. Após se formar em direito, ele foi nomeado juiz de direito na comarca de Macapá, onde destacou-se pela atuação em defesa da justiça e dos direitos da população local. Atuou como escritor e intelectual, escrevendo obras sobre a história e a natureza amazônica e engajando-se em debates culturais e sociais da região. Sua atuação marcou o cenário político e cultural da cidade naquela época, o que levou à homenagem de dar seu nome a uma das principais avenidas da capital Amapaense •Nascido na cidade de Macapá em 10 de dezembro de 1864 •Formou-se em Direito Faculdade de Direito de Pernambuco, em 1887. •Foi juiz de direito em Macapá e teve papel ativo na vida pública da comunidade da época. •Fundou e dirigiu um dos primeiros jornais do Amapá, contribuindo para a circulação de ideias e informações no território. •Faleceu em 1923, sendo lembrado como um dos pioneiros na construção institucional e cultural de Macapá. De acordo com registros históricos literários e acadêmicos, Álvares da Costa publicou várias obras importantes no fim do século XIX e início do século XX: Ensino de Crítica (1887) – Publicada no mesmo ano em que se formou em Direito. – Essa obra de estreia trata de fundamentos da crítica literária e foi elogiada por críticos importantes da época, como Sílvio Romero e Franklin Távora. Páginas Avulsas (1895) – Publicado por meio do departamento editorial da Mina Literária, uma associação cultural e literária da qual ele foi presidente. – É uma coletânea de textos variados, reunindo escritos que provavelmente combinam ensaios, crônicas e reflexões. História do Amapá (1907) Amazônia: suas riquezas naturais e seus problemas (1908) – Livro com enfoque nas questões ambientais, econômicas e sociais da Amazônia — tema avançado para o contexto de sua época. Poesias (1911) – Uma coletânea de poemas que tratam de temas como natureza, amor e saudade. Crônicas (1913) – Coletânea de crônicas sobre política, sociedade e cultura no Amapá e no Brasil. Além dos livros, Raimundo Álvares da Costa: •Foi presidente da Mina Literária, uma associação de intelectuais com sede em Belém que impulsionou a publicação de textos literários e críticos no final do século XIX. •Produziu artigos e poemas que circularam em jornais da época, tendo inclusive composições e sonetos impressos em diferentes periódicos — o que demonstra sua inserção no cenário literário além do Amapá. O poeta Georgenor Franco publicou uma série de substanciosos artigos no jornal “Folha do Norte”, em setembro de 1967, relativamente à figura de Álvares da Costa, escreveu: “Raimundo Melchiades Álvares da Costa, nasceu em Macapá, a 10 de dezembro de 1864, filho do Coronel Fernando Álvares da Costa, que lhe deu o nome de Raimundo Melchiades. Estudou na Faculdade de Direito de Pernambuco, ao lado de Nilo Peçanha, onde colheu os seus primeiros louros como excelente orador. No mesmo ano de sua formatura, em 1887, publicou sua obra de estreia, “Ensino de Crítica”, elogiada por Sílvio Romero e Franklin Távora. Diplomado em Direito retornou ao Pará, tendo sido nomeado Promotor Público em Macapá. Quando, em 2 de dezembro de 1894, nossos intelectuais fundaram, por iniciativa do poeta Natividade Lima, a “Mina Literária”, que teve sua inauguração no mês seguinte em expressiva solenidade realizada no Teatro da Paz, Álvares da Costa foi escolhido Presidente, tendo, para desempenhar o cargo, vivido como bola de ping-pong entre Belém e Macapá, viajando de canoa e barco desconfortáveis. O que a “Mina Literária” fez pela cultura paraense, naquele afastado período, conforme documenta Eustáquio de Azevedo, atesta a capacidade intelectual e o dinamismo de Álvares da Costa. Foi através do departamento editorial da “Mina Literária” que ele publicou em, 1895, seu segundo livro, “Páginas Avulsas”, reunindo trabalhos literários e estudos históricos do Amapá. Extinta a “Mina Literária” antes que a aurora do novo século clareasse o horizonte de nossas letras, então coberto por nuvens de discórdia, Álvares da Costa fixou-se em Macapá, consagrando-se às atividades jurídicas. Prefaciando o poemeto “Lavas”, de João Marques de Carvalho, Alvares da Costa, alinhou lúcidas reflexões em torno da luta pelo bem social, das quais, para encerrar a presente alusão que faço à sua pessoa e sua obra, retirei esta: “O momento é decisivo: acompanhar, lutando, a ação do tempo e as leis do mundo, ou permanecer perpetuamente abatidos. A luta que há de vir encontre-nos dispostos, nós, filhos do Equador, que, tendo sobre a cabeça, o calor dos trópicos, não devemos ter no peito o frio glacial dos polos. Quem tem fogo nas ideias não pode ter gelo na vontade”. Fonte: https://obrasraras.fcp.pa.gov.br/publication/file/periodicos/revista-da-academia-paraense-de-letras-1969-e-1971/122/ www2.unifap.br AAL – Academia Amapaense de Letras

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